segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como alcançar a façanha de mudar o estilo de vida?

Todos os anos nós ouvimos pacientes fazerem as mesmas avaliações e tomarem as mesmas resoluções, tão conhecidas como benéficas, mas tão difíceis de serem incorporadas em suas vidas.

Precisam melhorar sua alimentação, reiniciar atividade física, equilibrar demandas profissionais, familiares e pessoais com descanso e sono adequados... Na verdade, eles são bem intencionados.

Estamos em julho e todos os dias observamos que o cansaço vence a boa intenção e mina a resistência dos nossos pacientes. Diante dessas dificuldades, nós estamos em busca de mecanismos que realmente os ajude.

Recentemente, esse tema foi objeto de duas pesquisas científicas muito interessantes que visaram avaliar alguns métodos de motivação que poderiam ser úteis aos nossos pacientes.

O primeiro deles foi publicado em janeiro de 2011 na revista Annals of Family Medicine. Esse estudo acompanhou 4000 pessoas de 35 a 65 anos, após avaliação individualizada com história familiar e pessoal e estilo de vida.

Eles foram orientados de duas maneiras diferentes. Um grupo recebeu orientação baseada nos dados individualizados colhidos de seus relatos e o outro grupo recebeu uma orientação de prevenção genérica.

Após 6 meses, aqueles que receberam as orientações individualizadas conseguiram com muito mais freqüência ingerir as cinco ou mais porções de frutas e vegetais ao diae se exercitar 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana.

O segundo trabalho científico foi publicado no The New Englang Journal of Medicine e acompanhou 2000 participantes. Nesse grupo foi utilizada a mais alta tecnologia de avaliação de saúde,através de amostras de saliva para análise do genoma. Esse grupo foi orientado a partir do risco revelado em seus exames e após 3 meses não demonstraram mudanças significativas em seus estilos de vida.

Essas duas pesquisas são claras em demonstrar que a boa e velha conversa médico-paciente é ainda o melhor recurso de motivação para a mudança de hábitos e supera a alta tecnologia dos exames sofisticados e a orientação genérica.

Sempre que as pessoas se sentirem inseguras quanto às suas reais condições de por em prática seus projetos de saúde, nós recomendamos que elas conversem com seus médicos para programarem metas e estratégias realistas para alcançarem seus objetivos. É claro que nós podemos identificar os seus riscos individuais e propor as formas de prevenção.

O resto é com elas.

Fonte: UOL.

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